segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Cara a cara com a vida!


Eu me lembro bem de achar muito legal a aproximação que a internet proporcionava. De repente todo mundo do colégio estava no MIRC e a gente podia se aproximar e conversar com pessoas que por muitas vezes passávamos pelo pátio e nunca tinha dado um "oi" se quer. E então surgiu o Orkut que nos conectou com colegas do jardim da infância e primos distantes que não tínhamos mais notícias. E eu pensava: Que maravilha! Como a tecnologia pode nos aproximar!

Aproximar? Hoje penso! As coisas foram evoluindo, e nos vimos com o mundo na palma da mão e imersos na superficialidade. Eu não sei até que ponto esta conectividade tem suprido as necessidades afetivas das pessoas. Eu ainda valorizo mais o toque que o touch, o olho no olho do que uma timeline, caretas do que emojis e estar presencialmente com alguém, do que se dividir virtualmente estando (e não estando) em vários lugares ao mesmo tempo.

A virtualidade mascara as pessoas de uma coragem que elas na verdade não têm, ilude nos fazendo sentir “informados” com a visualização de meia dúzia de fotos e consome o tempo que poderíamos estar aproveitando longe da tela.

O estar próximo proporcionado pela tecnologia, tem contraditoriamente, afastado fisicamente e emocionalmente as pessoas. Além disso, jamais se aproximará da conexão criada por uma relação construída olho no olho.


Eu amo a tecnologia assim como a internet! Adoro rolar a timeline, mas gosto de vê-la carregada de memória com registros de momentos presenciais com todos aqueles que amo! Aquilo que é construído off-line nunca será substituído por aplicativos, talvez apenas potencializado. Uma coisa não implica a exclusão da outra, só acho que precisamos ficar cada vez mais cara a cara com a vida! 

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