Eu me lembro bem de achar muito
legal a aproximação que a internet proporcionava. De repente todo mundo do
colégio estava no MIRC e a gente podia se aproximar e conversar com pessoas que
por muitas vezes passávamos pelo pátio e nunca tinha dado um "oi" se quer. E então
surgiu o Orkut que nos conectou com colegas do jardim da infância e primos
distantes que não tínhamos mais notícias. E eu pensava: Que maravilha! Como
a tecnologia pode nos aproximar!
Aproximar? Hoje penso! As coisas
foram evoluindo, e nos vimos com o mundo na palma da mão e imersos na
superficialidade. Eu não sei até que ponto esta conectividade tem suprido as
necessidades afetivas das pessoas. Eu ainda valorizo mais o
toque que o touch, o olho no olho do que uma timeline, caretas do que emojis e
estar presencialmente com alguém, do que se dividir
virtualmente estando (e não estando) em vários lugares ao mesmo tempo.
A virtualidade mascara as pessoas
de uma coragem que elas na verdade não têm, ilude nos fazendo sentir “informados”
com a visualização de meia dúzia de fotos e consome o tempo que poderíamos
estar aproveitando longe da tela.
O estar próximo proporcionado
pela tecnologia, tem contraditoriamente, afastado fisicamente e emocionalmente
as pessoas. Além disso, jamais se aproximará da conexão criada por uma relação construída
olho no olho.
Eu amo a tecnologia assim como a
internet! Adoro rolar a timeline, mas gosto de vê-la carregada de memória com
registros de momentos presenciais com todos aqueles que amo! Aquilo que é
construído off-line nunca será substituído por aplicativos, talvez apenas
potencializado. Uma coisa não implica a exclusão da outra, só acho que
precisamos ficar cada vez mais cara a cara com a vida!
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