sexta-feira, 28 de julho de 2017

Morrer para viver!


Na ponta dos dedos todos são iguais: breves histórias com pontos finais. Se “na era da informação, a invisibilidade é equivalente a morte”. Então precisamos morrer um pouco, para resgatar os pontos e vírgulas (;) e construir histórias com começo, meio e fim.

Viver para audiência condiciona seus momentos a um roteiro efêmero que precisa acompanhar a velocidade com que o dedo desliza pela tela. Novidades! A necessidade de novidades o tempo todo vão te fazer viver apenas o início e o fim. A gente acaba vendo por aí muitas telas cheias de momento, mas sem histórias continuas.  Sem meios!

Eu, louca por registros sou uma apaixonada pelas redes sociais. Mas não me importo em ter poucos seguidores e alguns gatos pingados autorizados a ver minhas publicações. Não posto para a audiência, virou para mim uma ferramenta para guardar momentos bons! Eu tenho uma memória péssima, e funciona como um diário moderno.


Quando eu tiro um tempo para recordar vejo ali continuidade. Muitos pontos e vírgulas (;) inícios com meios e sem fins. Posso estar morta para a popularidade, mas estou viva para quem realmente importa. E isso é libertador!