Na ponta dos dedos todos são
iguais: breves histórias com pontos finais. Se “na era da informação, a
invisibilidade é equivalente a morte”. Então precisamos morrer um pouco, para
resgatar os pontos e vírgulas (;) e construir histórias com começo, meio e fim.
Viver para audiência condiciona
seus momentos a um roteiro efêmero que precisa acompanhar a velocidade com que
o dedo desliza pela tela. Novidades! A necessidade de novidades o tempo todo
vão te fazer viver apenas o início e o fim. A gente acaba vendo por aí muitas
telas cheias de momento, mas sem histórias continuas. Sem meios!
Eu, louca por registros sou uma
apaixonada pelas redes sociais. Mas não me importo em ter poucos seguidores e
alguns gatos pingados autorizados a ver minhas publicações. Não posto para a
audiência, virou para mim uma ferramenta para guardar momentos bons! Eu tenho
uma memória péssima, e funciona como um diário moderno.
Quando eu tiro um tempo para
recordar vejo ali continuidade. Muitos pontos e vírgulas (;) inícios com meios
e sem fins. Posso estar morta para a popularidade, mas estou viva para quem
realmente importa. E isso é libertador!